Livro da vida

Faça um exercício de relembrar sua vida, desde sua infância até os dias de hoje.

A Igreja nos ensina que Deus não será um juiz acusador, mas nós mesmos nos acusaremos pelas nossas vidas, pois nossa história dá testemunho de nós, se somos inocentes ou culpados, se nossa senteça será o paraíso ao lado de Jesus e seus santos, o purgatório para purificação da alma ou o inferno reservado para aqueles que não aceitam amar e serem amados por Deus.

Deus deu a cada um um dom maravilhoso que é a consiência, cada um de nós sabe exatamente o que é certo e errado, mesmo que nem conheça a Deus.

Cada vez que fazemos algo por impulso, sem refletir sobre a atitude, nossa consiência nos acusa e ficamos decepcionados com nós mesmos. Neste momento entra em cena a mais preciosa manifestação de Deus para a humanidade: a misericórdia.

Existem várias explicações para o que é misericórdia, mas a que mais me convence é a seguinte:

Misericórdia = Miseres + Cordis (origem latina) miseres = miséria e cordis = coração

Ou seja, ser misericordioso é ter um coração miserável, no sentido de pobre, que vive na miséria.

Este coração pobre, no sentido espiritual, simboliza o pobre que não tem nenhuma posse material, por tanto nada o impede de dar daquilo que ele venha a conseguir.

Quanto mais posses uma pessoa adquire, mais difícil é para ela se desfazer destas posses, pois os bens materiais passam a ser a segurança da pessoa.

Para alquém que não possua nada, esta pessoa tem um coração desapegado das coisas materiais, o que lhe permite fazer o melhor uso possível de tudo.

Pense se você tem tido misericordioso ou, melhor ainda, se você tem experimentado do coração misericordioso de Deus.