Jesus está vivo para sempre

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"Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim." Gl 2, 20.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Ser homossexual é escolha ou condição?

O ser humano esconde muitas realidades dentro de si, algumas provenientes de sua própria natureza e outras adquiridas pelas expeirências que tem ao longo da vida.

As questões que envolvem sexualidade estão sempre em evidência pois trata-se de um aspecto básico da humanidade, assim como a alimentação, moradia, educação, valores morais, etc...

Neste texto, minha intenção é apresentar a visão da Igreja acerca dos homossexuais, para tal a melhor referência é o Catecismo da Igreja Católica (CIC) que tem três paragráfos destinados exclusivamente a este assunto.

CASTIDADE E HOMOSSEXUALIDADE
 

2357 A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. Sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que "os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados". São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados.
 

2358 Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar -se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição.
 

2359 As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.


Os pontos que eu quero ressaltar no que o CIC apresenta são:

"A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. Sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada." (Parágrafo 2357)

"Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. (...) Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar -se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta." (Parágrafo 2358)

"As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, ..." (Parágrafo 2359)

A própria Igreja reconhece que o desejo homossexual é uma tendência "profundamente enraizada" e não tratável, já que o próprio Catecismo não menciona nenhuma forma de eliminar a tendência, porém todos devem acolher os homossexuais com amor incondicional, sabendo de suas condições e respeitando-as.

Os homossexuais, assim como todas as pessoas, são chamadas à vida de castidade, uma vez que a vida sexual só deve ter início após o matrimônio e não existe matrimônio entre pessoas do mesmo sexo, então os homossexuais devem concentrar suas forças em obras de amor, oração e caridade, buscando o autodomínio e assim alcançarem a graça da santidade.

Deste modo, buscando o autocontrole, a pessoa com tedências homossexuais pode escolher viver em comunhão com Deus, o que é uma escolha difícil, ou seguir seus desejos e colher os frutos de suas obras, o que parece fácil, mas na verdade é apenas cômodo, uma vez que se deixar levar pelos desejos sexuais (sejam por pessoas do mesmo sexo ou não) é se rebaixar a uma condição primitiva, onde não existem valores maiores que o prazer.

E para os que conhecem o amor com que Deus nos ama, devemos ser a manifestação viva deste amor aos que sofrem pelos próprios desejos, acolhendo com respeito, ensinado o caminho de Jesus e intercedendo para que tenham forças para lutar a cada dia.



Amém!

2 comentários:

  1. Parte 1
    João Paulo II na carta Salvivici Doliris, afirma que podemos questionar Deus sobre nosso sofrimento e que Deus espera estes questionamentos. O que faço é exatamente isso trazer questões não respondidas.Obviamente que as palavras inesperadas do Papa Francisco causaram rebuliço e interpretações das mais diversas.
    Para quem vive o problema e quem o encara com seriedade não mudou nada. As questões não respondidas permanecem. Os diversos sites católicos não ampliam a discussão, mas ficam apenas no texto do Catecismo, como se ele contivesse todas as respostas.
    Primeira questão não tratada, o livre arbítrio. O Catecismo afirma que a homossexualidade é contrária ao plano de Deus. Esta afirmação leva a conclusão que o plano pressupõe um Criador e daí que tudo que existe decorre da ação Deste. Portanto, nada do que existe escolheu existir ou participar do plano. Assim ninguém escolhe as condições objetivas da existência; constituição genética, raça, cor, gênero, época histórica de nascimento, nacionalidade, condição social, família. Portanto, o arbítrio humano é limitado por condições objetivas que não escolheu.
    Neste sentido se insere a condição homossexual. Tivera se alterado qualquer das condições objetivas a situação poderia ser outra? Mas ele não escolheu as condições objetivas, alias nem escolheu existir. É razoável e racional que qualquer pessoas ao adquirir um carro novo e perceber um defeito de fabricação, sem dúvida o devolverá ao fabricante para que entregue um modelo sem o problema. O homossexual ao descobrir o problema em sua existência não consegue se devolver ao Criador e pedir que o recrie sem problema.
    Constatado problema, o Catecismo afirma que o problema não é pecado, mas que este problema vai limitar sua existência, ou seja, você terá que abrir mão da vivência de praticas sexuais. Voltando ao exemplo do carro, imagine você dizendo que o carro tem um problema e o fabricante te respondendo, olhe o problema do carro só será problema de fato se você andar com ele, caso o deixe parado não tem problema algum. Ok? Obviamente que o dono do carro esperava poder andar com o carro como seus amigos que possuem carros, assim como qualquer humano espera poder encontrar alguém, amar e ter vivências sexuais.

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  2. Parte 2
    Quanto a castidade, única solução para o problema homossexual, não se faz um aprofundamento. Alguns citam a cruz, mas mesmo assim fica uma apresentação romantizada. De que cruz objetiva estamos falando? Sempre fui católico e acreditei que adotando a castidade seria feliz, uma vez que era o único caminho apontado pela Igreja. O que é necessário é que se seja verdadeiro, e seja dito que da castidade decorrerá a solidão. Isto é inevitável. Mesmo que a pessoa tenha uma vida intensa de oração, quando estiver em seu quarto a noite terá que saber que estará sozinha, Deus não vem para fazer companhia e se nas noites de solidão a pessoa chorar Deus também não virá enxugar as lágrimas. É uma romantização falar que a oração dará um jeito nisso tudo. Não dá! Rezo muito, leio a Bíblia todos os dias, vou a missa, me confesso regularmente, pratico caridade, mas a solidão não muda. A noite, penso nos meus colegas de trabalho, todos pessoas que estão de acordo com o “Plano” e os imagino “amando” suas esposas naquele momento por mais que eu reze não consigo afastar a inveja e a raiva do meu coração.
    Daí você vai a Missa e não poucas vezes encontra um colega de escola e o vê com a esposa e filhos. Ou no dia dos pais, o padre chamará os pais a frente para homenageá-los. Ou quando seu colega de trabalho comenta da viagem que fez com a família ou de um jantar com a esposa. A única coisa que você consegue fazer é perguntar a Deus “Por que eu não posso?”, mas não aguarde resposta porque não se tem. Apenas o silêncio.
    Poderia enumerar diversas situações. Abraçar a castidade é abraçar a solidão. com o tempo seus amigos casam e você fica sobrando, não tem mais espaço porque ai são casais de amigos e você está sozinho sempre. Quando está triste e gostaria de uma abraço , esquece, você está sozinho. Castidade e solidão são inseparáveis.
    Quanto ao acolhimento proposto pelo Catecismo. Isto não existe nas paróquias. Para haver um acolhimento é preciso empatia (colocar-se no lugar do outro). Devido a fatores culturais nenhum homem consegue se colocar na vivência de um homossexual. Isto porque aquela situação é a afronta mais temível para qualquer homem. Ele aprende isso desde pequeno. Quando um homem quer ofender um outro, do é que ele o xinga? Ele o xinga dos vários sinônimos que a condição homossexual ganhou no jargão popular. Lembro-me de quando mais jovem e me atrevia a jogar futebol e ouvia os colegas se xingando a todo momento. Pensava: eles se xingam daquilo que eu sou, então o que eu sou é uma coisa degradante para eles. Deixei de jogar era insuportável. Portanto, não pode haver acolhimento porque não existe um real conhecimento da vivência. A igreja tem apenas conceitos teóricos sobre o assunto, mas não conhece a pessoa de fato.
    Depois de uma vida infeliz, na vivência da castidade, o que aguarda o homossexual. Será que uma eternidade infeliz? Porque por toda a eternidade ele se lembrará que foi homossexual e seus colegas não. Portanto, a eternidade não é capaz de apagar a discriminação. Será assim?
    Quanto separar pecado e pecador. Explicando o pecado não é atração pelo mesmo sexo, mas a prática de relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo É difícil separar uma coisa da outra, porque um ladrão só o é de fato se rouba, ou um assassino só o é se mata. Os atos nestes casos definem a condição. No caso homossexual a questão esta no ser e independe de atos.
    Portanto, ao propor a castidade, lembrem de dizer que esta pessoa não será feliz, não será acolhida pela Igreja e que viverá sozinha para sempre. Não criem ilusões para pessoas que já carregam tanto sofrimento simplesmente porque o Catecismo diz assim.
    Toda a verdade certamente não está contida em dois ou três parágrafos do Catecismo.

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